Um dia fui uma noite que te correu mal, sem querer viste o teu ventre engrandecer... sei que me tentaste tirar, erro divino de uma noite como tantas outras noites de um prazer nunca teu.
Sei que apesar de todos os pesares, me carregaste no teu ventre, suportaste as minhas dores... e deixaste que o teu deus me fizesse crescer, para uma menina "refilona" e tantas outras coisas que nunca sopuseste que o meu sorriso poderia ser.
Sei que por vezes nao me ves, nao me ouves, nao me tocas... apenas rebentas em mim, porque te oiço ontem hoje e sempre, e tu nao ves como me magoas, mas talvez eu nao to deixe ver... mas gosto de ti...apesar de todos os dias muito maus, maus... ou semi-semi...
Sei que sempre foste sincera e disseste que preferias o ricardo, por um lado entendo por outro nao... mas o pouco que gostas de mim chega-me...
Sei que nao sou nada do que querias que fosse, mas sinto que ja te resignaste... espero que sim, porque tambem eu ja me perdi de mim mesma, e neste momento nao faço mesmo a minima do que sou ou do que era suposto ser...
Nao entendo como me enganei a mim mesma, e de uma forma tao profunda... porque me doi tanto ver cada dia-a-dia como realmente e... por um lado no inicio da dor, senti que o mundo inteiro via a dor e entendia-a... agora sei que alguns veem a dor compreendem parte dela... mas a parte do meu "auto-equivoco" nao e sossega-me... mas nao de todo porque final de contas a dor permanece aqui...
ja me mentalizei vezes e vezes sem conta, mas ha sempre algum caco que ainda nao "re-colei" e alguem me apanha desprevenida e doi... doi imenso trepar no fundo do poço e ir escorregando para baixo outra e outra vez... parece que nunca vou sair daqui....
... tira-me daqui, mae... por-favor, eu conto-te todos os erros mas cura-me as feridas, so desta vez, por-favor
DEIXEI DE SABER ADORMECER COMO CRIANÇA
DE FECHAR OS OLHOS MEIGAMENTE, E DEIXAR-ME LEVAR PELOS SONHOS
DEIXEI DE SENTIR UM ARREPIO NA COLUNA QUANDO A LUZ SE APAGA
DEIXEI DE SONHAR
QUE DIA A DIA SINTO OS PES DESCALÇOS NO FRIO DO CHAO
SINTO O SOL A QUEIMAR-ME A VISTA
VEJO O SOL A POR-SE
E APENAS PESADELOS DE QUE NEM ME RECORDO ME ACOMPANHAREM HORA A HORA
DA NOITE
DE UMA NOITE QUE PARECE NUNCA TERMINAR
DEIXEI DE SER O QUE TALVEZ NUNCA TENHA SIDO
PORQUE ME ENGANEI TAO DURAMENTE A MIM MESMA
deixa-me ser pequena
embora grande,
deixa-me aprender as palavras de grande
e mante-las com o coraçao de pequena
deixa-me sonhar
embora acordada,
deixa-me viajar ate a lua
embora me perca apenas na rua
deixa-me vestir as roupas e troca-las
deixa-me pintar no que tu teimas ser apenas esborratar
deixa-me calçar os teus tennis, ou os saltos...
... deixa-me tropeçar...
deixa-me cair
deixa-me chorar
deixa ferir-me
... mas por favor nao me deixes sozinha
por-favor nao me grites,
por-favor nao me batas...
por-favor deixa-me ser a tua pequenina
let me play the words
like they´ re simple games
with nothing to loose or win
let me play the sentences
as i play my fake music
let them have "forever happy"
even it´s only on the paper
let me try to write
even with faults
but let me try
to make myself with beautifull words
let me play the masks
let me play a role
even if it´s a little role
just a happy role
to pretend myself in this huge world
estupidamente pus-me a pensar... lembro-me de ti, ate demais... mas ha lapsos de ti em mim...
dei por mim a saber o teu nome, a tua suposta idade porque embora morto acumulas a passagem dos anos... sei que nasceste a 8 de março, mas dei por mim apenas a sentir a tua morte em novembro... desde o ano passado... mas nao sei em que dia de facto deixaste de respirar, em que o coraçao parou de bater... e em que o teu cerebro se apagou...
sinceramente, nem sei como e que isto me veio a cabeça, mas veio... e por um lado quero saber, mas por outro de que adianta(?), e apenas mais um pormenor da tua morte, sim porque morreste, eu sei que repito isto muitas vezes, mas muitas mais vezes ainda virao por isso nem te revires no caixao (porque isto nao fica por aqui)
estupidamente precisava tanto de ti, outra outra outra outra e tantas outras vezes... mas tu morreste
brancos ou vermelhos
apenas coagulos de sangue
outrora de vida
agora de morte.
brancos ou vermelhos
apenas veias e arterias
de vida sem vida
brancos vermelhos
apenas as visceras
um dia corrompidas
para sempre apodrecidas
brancos ou vermelhos
apenas as letras
da minha morte em cal branca
No turbilhao dos dias fui tentando ser tudo o que os outros queriam ou precisavam de mim... e esqueci-me na totalidade de mim, ate ao dia em que de ter de acordar chorei... chorei porque me doia o corpo, porque me doia a alma, porque me doia tudo e nada... porque simplesmente na queria sair, nao queria ser e muito menos ter de ser o que quer que fosse...
No meio de toda uma rotina vertiginosa, dei por mim a despertar, a reconhecer-me lentamente e pouco a pouco... para cair em mim no abismo em que tinha caido... reconheci o meu erro, reconheci a minha dor... e para dia a dia tentar voltar a sorrir, mas a vida encarrega-se sempre de uns imprevistos... como podem haver efectivamente pessoas que nos amam e que ainda por cima nos sao tao importantes e nao damos pelo seu amor... como?... como se pode terminar uma situaçao que nem chega a nascer, como parar o tempo e o espaço sem mazelas... quero pedir desculpas mas sei que nao ha que pedir desculpas porque a emotividade e das unicas coisas que por mais que tentemos racionalizar ha-de haver sempre uma pequena ponta solta... mas no entanto quero pedir-te desculpas e quero mesmo acreditar que a tua partida para inglaterra nao tenha tido uma misera tenue pressao minha... desculpa ter chorado, ter-te pedido para ficares, mas tu es do tempo do alex, tu tratas-me por " narizinha malvada"... tu nunca perguntas o que tenho limitas-te a querer estar sempre ao meu lado... obriado por todo esse puro amor- amizade-, mas em principio obrigado tambem por essa confusao, esse achares que gostas de mim... vais ver que isso te passa e rapido... mas obrigado mesmo, porque estupidamente faz bem ao ego, se bem que foi no momento mais inoportuno e desculpa nem sequer ter reagido...
mae
nao tenho medo do escuro e sei que era suposto, que devia ter... por favor, mae, ajuda-me a ter medo...
disse uma vez que o amor nao se agradece ou se tem ou nao se tem, mas sinto que te tenho de agradecer esse teu amor em que o silencio e a uniao sao bases invisiveis mas sempre presentes
muito obrigado por estares sempre comigo e desculpa nao conseguir ser a pessoa que tu vias em mim... desculpa a serio, mas muito muito muito obrigado e va nao voltes a pedir em casamento ninguem na queima de coimra porque nao e a ocasiao mais apropriada para te levarem a serio.. anda em frente nao esperes por mim, eu nao valho a pena e tu sabes...
nao me partas o coraçao
zigzagueei com as palavras
tropecei
cai
em significados e sentidos
cai em mim
numa duvida sem fim
reabri o dicionario
reaprendi a escrever o simples abecedario
fui abrindo cadernos
escrevendo letras
palavras
linhas
livros
... de mim para mim...
na certeza do ser
- eu
hoje ha dias em que ainda zigzagueio pelas plavras
ainda tropeço
ainda caio
masn hoje ja sei caminhar a direito
e ja consigo correr
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