DESISTI DE ESTUDAR, DESISTI DE SONHAR, DESISTI DE RESPIRAR... MAS AINDA NAO DESISTI DE O ADMITIR PERANTE QUEM MERECE O MELHOR DE MIM...
PROFESSOR DE PORTUGUES
QUANDO DIGO QUE PRECISO DE TEMPO, NAO E UMA MERA DESCULPA PARA (TE) FUGIR OU PARA FUGIR DE MIM MESMA... E PORQUE PRECISO MESMO DE TEMPO, ANDO A ARRUMAR A CASA MAS TENHO MUITAS IDEIAS MAL ENGAVETADAS E QUE QUANDO MENOS ESPERO ME MAGOAM...
NUNCA PENSEI LEVAR TANTO TEMPO A SARAR AS FERIDAS, MAS INFELIZMENTE ESTA A LEVAR MUITO MUITO MUITO TEMPO, TALVEZ TAMBEM POR MINHA CULPA, FUI ACUMULANDO FERIDAS E FUI-ME ENGANANDO MUITO MAL ENGANADA, MAS QUANDO SE TEM DE ACORDAR PARA A VIDA TEM-SE MESMO DE ACORDAR PARA A VIDA... E DEIXEI DE TREINAR O MEU SISTEMA IMUNOLOGICO E POR ISSO ESTOU UMA FRANGANOTA LAMECHAS DE PRIMEIRA.. EU NAO SOU EU... PELO MENOS NA MINHA TOTALIDADE...
PRECISO DE UM TEMPO QUE NAO TENHO E QUE VOU FORÇANDO, SEI QUE NAO E FACIL E TALVEZ NEM SEJA PARA (TU) NINGUEM COMPREENDER(ES) MAS EU PRECISO MESMO DESTE TEMPO DE REFLEXAO SEI QUE ESTOU MUITO FECHADA COM OS MEUS BOTOES MAS OS MEUS BOTOES ESTAM TODOS TROCADOS E POR EXPERIENCIA (INFELIZ) APRENDI QUE TENTAR VIR AO DE CIMA TAO RAPIDO E COM AS IDEIAS ARRUMADAS A PRESSA NAO DA GRANDE RESULTADO... E SEI, SINTO QUE SE VOLTAR A IR ABAIXO SERA DE VEZ... POR ISSO DEIXA-ME SER UM POUCO MA PARA COM O MUNDO PARA VOLTAR A SER UM POUCO MA COMIGO MESMA... DA-ME TEMPO E ESPAÇO, EU NAO MORRI NEM QUERO MORRER PARA (TI) NINGUEM MAS PRECISO DO SILENCIO, PRECISO DO ESCURO... REALMENTE NAO OUVIR, NAO VER, NAO SENTIR NINGUEM, APENAS A MINHA PELE A CICATRIZAR POUCO A POUCO, APENAS A MINHA PELE... A CICATRIZAR...
CRESCER NAO ERA SUPOSTO MORRER
ERA SER INFINITAMENTE PEQUENO VESTINDO AS ROUPAS DAS MAES
ERA SABER DIZER :" QUANDO FOR GRANDE QUERO SER..."
CRESCER NAO ERA SUPOSTO SER A PERDER
MAS SIM A GANHAR, DIAS, ANOS, VIDAS NA VIDA
CRESCER NAO ERA SUPOSTO SER A CAIR, SEMPRE A CAIR
MAS SIM UM ATROPLEOS COM O EQUILIBRIO,
UNS PRIMEIROS PASSOS, UMAS QUANTAS QUEDAS... MAS SEMPRE O REERGUER!
CRESCER NAO E ISTO, NAO PODE SER
I´VE GOT NO FEELINGS,
I´VE HURT MY HAND BUT IT DIDN´T HAVE BLOOD SO I´M NOT HURT...
I GOT NO PAIN TO FEEL,
CUSE I GOT NO PAIN TO CRY
CUSE I´M A PAIN GROWING OLD
I DON´T HAVE LEGS OR ARMS, JUST WAYS TO HURT SOMEBODY OR HURT MYSELF
RECONHECI A TEMPO E FORA DE TEMPO ALGO QUE TALVEZ FOSSE OBVIO E EU NAO QUIS VER...
TOMEI UMA ATITUDE,
PODE NAO TER SIDO A MAIS CORRECTA OU A MAIS POLITICAMENTE CERTA MAS TAMBEM NUNCA ACERTEI O RITMO DOS MEUS PASSOS COM AS CONVENÇOES SOCIAIS,
POR ISSO...
SEI QUE MAGOEI EM PARTE PESSOAL COM QUEM ME DAVA, MAS PRECISO MESMO DE ESTAR SOZINHA, DE REVIVER TODOS OS DIAS A TUA MORTE ALEXANDRE, DE ASSIMILAR A CONTINUA PERDA... E DE ARRUMAR AS IDEIAS, DE ME CONVENCER A MIM MESMA QUE ME ANDEI A ATROPELAR E A LUDIBRIAR...
PRECISO DE TEMPO PARA VOLTAR A REALIDADE SEM LAGRIMAS NOS OLHOS
SEM SER FRAGIL, PORQUE EU NUNCA FUI FRAGIL, PORQUE EU NAO QUERO SER FRAGIL... PORQUE JA NAO TENHO NINGUEM QUE ME POSSA PROTEGER...
"TEMOS DE SER DUROS"
EU VOU SER DURA, DEEM-ME SO UM BOM PEDAÇO DE TEMPO E ESPAÇO...
TIREI A MASCARA,
DESPI A ARMADURA
DEIXEI AS LAGRIMAS CORREREM
PORQUE TU MORRESTE
PORQUE CONTIGO MORREU O PASSADO
E EM PARTE MORREU TAMBEM O PRESENTE E O FUTURO
FIQUEI SEM AMOR
FIQUEI SEM IRMAO
FIQUEI SEM PAI
FIQUEI SEM LAR
MORRESTE
SEM DEUSES
SEM DEMONIOS
SEM HOMENS
FIZ-ME MULHER
DOS CEUS
DOS INFERNOS
DOS MUNDOS
nunca me prometeste nada, nem um gesto, nem um momento, nem uma palavra sequer... nunca me prometeste nada, que tudo o que tinhas para dar, deste-me na hora... e deste-me tudo o que nunca ninguém esteve lá para dar... foste o primeiro a chamar-me efectivamente pelo meu nome, foi contigo que aprendi que me chamo mónica... contigo podia ter cem anos que não fazia mal porque tu deste-me a infância que nunca tive, foste o pai atento a cada queda, foste o irmão das partidas, foste a mãe das preocupações e até foste a irmã confidente e melga... foste o principe dos primeiros amores, foste o rei do amor pleno, da confiança, da intimidade e da verdade... por mais que doesse a verdade, mesmo quando o fim era inevitável e quisemos fingir que não era connosco, foste o homem do ponto final parágrafo... mas permaneceste, sempre para sempre que o mundo me derrubava, tu estavas lá, tu aturavas o meu choro pela noite dentro e nem sequer me perguntavas o porquê de estar a chorar... eras tu o abrigo da minha alma, o conceito da palavra família, afecto...eras tu, que mesmo de longe me fazia sentir alguém...
nunca quebraste um único estilhaço de mim, nunca... mesmo quando as coisas não corriam bem, nunca me quiseste magoar como todos... nunca apostaste até onde ia o meu gelo, nunca me fizeste sentir abaixo de cão ou a pior pessoa do mundo.... nunca... fiz-te anjo negro, para sempre o meu anjo negro, por todos os sorrisos que me fizeste ter, e pela dor mansinha de te perder na vida... e nesse teu céu, perto desse teu deus... nas tuas asas deve haver, tem de haver uma pena negra...desta tua cria, desta tua criatura na terra...
Gostava de te poder fazer sorrir, sem que o teu sorriso me quebrasse, mas quebra… não to digo para não mais me sorrires, mas apenas para que tentes compreender a minha distância, a culpa não foi tua mas também não posso afirmar desaustinadamente que a culpa foi minha até porque não sei se o termo “culpa” se aplica neste conceito ou situação… ou apenas nesta confusão… já não contrariava a razão há tanto, e porque carga de água o fiz por ti, amigo… estranho, mas amigo, eu sei…
Gostava de reconstruir todos os meus estilhaços, mas sou muito desajeitada nestes trabalhos manuais… mas gostava mesmo, para poder estar contigo… mas neste momento não consigo, quando julgo que já arrumei a casa, não arrumei…
… desculpa (-me)…
Há dias em que a tua morte me passa ligeira, ou pelo menos consigo enganar-me com essa ideia.
Mas quando a sinto, sinto-me no fundo de mim, aquela menina só a quem sorriste… porque talvez me agarrei a mais ou porque talvez nunca mais ninguém me agarrou assim ou sequer me deu a mão… sinto imenso a tua falta…
apenas o saber da tua existência, mesmo que tão para lá de mim…
precisava mesmo que me dissesses para não ligar a nada, para continuar fiel a mim mesma, que me apoiasses sem teres de me interrogar… que aceitasses o meu silêncio, o meu choro… talvez a minha eterna loucura… -porque ninguém para além de ti me consegue aceitar como sou, porque estupidamente ando triste e talvez nunca mais deixe de estar triste mas por não querer falar (“desabafar”) sinto que magoei alguém… e porque carga de água tenho sempre de magoar alguém, e sempre alguém que (supostamente) acha que gosta de mim.
Não me enquadro como talvez nunca me tenha de facto enquadrado em parte alguma, mas talvez a tua presença, como a presença desses poucos e raros que aqui persistem (mesmo que a quilómetros) me tenha iludido com as risadas, e talvez sem querer tenha efectivamente acreditado que estava bem, que finalmente estava bem, que tinha uma família, que tinha um abrigo… e até um amor…
mas tu morreste, a distância impõe-se como sempre se impôs… mas cada vez mais sinto o tempo a esquartejar-me a pele, a saudade… sim neste momento sei o que é a saudade… sim… agora sei…
como sei o que é perder… perco-vos (poucos/raros) que me fizeram tanto na vida, perco-os para a morte ou para a vida em que os nossos relógios nunca se conseguem fundir num só fuso horário, a mesma estrada nunca vai dar ao mesmo fim… perco a minha esperança e estupidez natural a cada sonho no chão… e às tantas já não sei se esta sou mesmo eu. O meu nome sempre me foi estranho, mas vocês atenuaram-me essa estranheza, deram-lhe pela primeira vez um sentido… e agora recaí, Mónica nome do meu B.I e de tantos outros, nome provindo do grego com um significado até bonito (monikus – pessoa solitária, humanista, pensadora… eremita) e que me diz tanto até… mas não faz sentido tanta gente saber o meu nome, tanta gente chamar pelo meu nome para de facto me chamar a mim, seja eu o que quer que seja… mas quando preciso que o meu nome seja mesmo o meu nome, todos os que o usam usam-no vazio…ninguém sabe o que Mónica em mim de facto quer dizer…
Já não olhava o teu céu há algum tempo… quando tudo isto me passa ligeiro nunca olho para o teu céu… porquê? És tu que me fazes erguer os olhos para esse teu céu, para te ver… és?... é que o teu céu faz-me chorar-te, chorando-me… e eu sei, eu prometi não chorar-te, mas também sei que estás farto de me apanhar a quebrar-te a promessa… logo eu que sempre cumpri com tanto rigor a minha palavra, estranho não é?... desculpa…
Deve ser do calor, o meu cubo de gelo derrete-se, eu sei também não é nada meu… é o que te digo, este corpo é meu, as roupas são minhas, as palavras e gestos são e não são meus… decididamente a minha esquizofrenia está imparável… desculpa…
Mas eu vou sair desta, eu sei que vou… tu estás nesse teu céu a ver-me, por-favor não me deixes, não me apagues a tua estrelinha… ainda não cresci o suficiente para ter um céu sem estrelas
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
. dias
. GOOD BYE
. GOING ON
. ...
. ...
. ...
. LUAR