invento palavras,
minto sentidos,
tropeço em sinalécticas,
erro na ortografia
... mas vivo...
não tenho parágrafos,
não faço rimas,
caio em avanços e recuos,
não tenho coluna inicio meio e fim
... mas reflicto...
não sei português,
desconheço o inglês,
teimo no romântico do francês,
o alemão faz-me ver tudo em vês
... mas apenas despejo um pouco de tudo ou nada que sou.... que me rebenta as costuras...
lamento e não lamento errar no português
porque a minha liberdade não infringiu a tua
se alguma vez o fizer de antemão te peço desculpa...
mas eu sou apenas mais uma errónea criatura
que tu achaste perdida na net
a todos os anónimos e não anónimos, não se aflijam pelos meus erros, fossem eles todos ortográficos e gramaticais... ttalvez não doessem tanto...mas corrijam-me sempre, porque às vezes custa aprender sozinha... e vá os meus pais só me disseram para não falar com desconhecidos, com anónimos não disseram nada...
hoje tentei esquecer toda a dor
sorrir
ir em frente...mesmo sem ter a minima noção de para onde ir
tentei escutar a tua voz
rever-te nos teus discursos
reviver todos os momentos mudos
e acreditar que mesmo aí, gostas de mim
"l´enfant terrible", n´est pas?
hoje quis acreditar que podem haver sementes tuas por aí perdidas
que podes não ser o único
mas o sorriso por mais que não queira, acaba sempre por ser forçado
porque a cada passo a certeza de que não vou ter ninguém à minha espera
a certeza de que não vou cair porque já caí, esfolei-me inteira, mas persisto...
porque sigo as tuas palavras, a tua essência completa... mas tu já não me proteges, já não me acolhes...
eu tento...
a coisa mais patética mas simultaneamente mais querida que ouvi nos últimos milénios "tens um rosto triste, ultimamente mesmo triste", palavras obvias mas que não magoam e não ridicularizam, palavras talvez de inocência... e talvez de um companheirismo que só um desconhecido estupidamente pode dar...
a ti, que nem sei bem o teu nome... agradeço a atenção, mas não te preocupes com o meu rosto triste, porque talvez seja defeito de fabrico, uma coisa bem intrinseca de toda a minha genética deturpada... mas obrigada, muito obrigada por me fazeres esboçar um sorriso
apetece-me chorar
por já não escrever como antes, ou porque já não sei usar as palavras como antes
ou porque o antes quebrou-se irremediavelmente
apetece-me chorar-te em amor
em dor
em saudade
em sorrisos
apetece-me chorar-te
para me chorarv a mim
criança trôpega aos pés de alguém,
que me pisa e escurraça...
preciso mesmo de chorar
para aprender que estou mesmo sozinha,
jamais alguém me voltará a abraçar e a ajudar a sarar as feridas....
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