tento sempre sorrir como me ensinaste,tento sempre sempre sorrir quando me ferem tal como me disseste,mas entre tanto sorrir acho que me esqueci de sorrir... sabes de sorrir mesmo...talvez porque não passes de uma estrela com quem falo, talvez porque não passes de um amor que escondi bem no fundo de mim,talvez porque na multidão estou sozinha...ninguém conhece a nikitas que te pregava partidas, ninguém conhece a Mónica que chorava e chorava nos teus braços, ninguém conhece o meu nome inteiro para me poder dar daquelas broncas que só tu... tu....tu... me davas e não me quebravas, davas-me sim a mão para crescer... tento sempre ser a feliz desmiolada que tiveste, mas talvez por não andares a circular perdido por parte alguma... não consigo... já não me apetece refilar (como refilava sem parar contigo), não me apetece brincar porque no fim lá estou eu com um grupo de rostos que não conheço de parte alguma, não me apetece continuar.... mas tento sempre sempre sempre continuar, para te continuar em mim... porque a vida não pode ser só isto, não pode ser só um emprego de merda, com colegas de merda, com azares atrás de azares...não pode pois não?... é que bolas eu mesmo que morra não acredito nesse teu céu, não acredito nesse teu Deus... bolas mesmo que dessistisse, mesmo que desse um ponto final a tudo (que nada é) iria para onde... para o inferno, para o limbo, para perto da tua protecção... ou para a conchichina mais longínqua e decadente... bolas nem para suicida presto... não te rales, são desvaneios da esquizofrenia prolongada, com a tua ausência, com tantos atropelos... mas não te rales... eu um dia ainda hei-de achar esse teu céu...
Não acredito nas tuas palavras como não acredito nas palavras de ninguém porque simplesmente não acredito nas palavras- mutantes, mascaradas, punhais que de uma falsa riqueza quando menos esperamos revelam-se áridas como um deserto... já não lhes consigo depositar fé... não consigo, nãoquero, não posso acreditar nesse léxico em constante viragem...
não consigo chorar à tua frente, e não quero chorar-te, porque chorar-te é matar-te de antemão, mas não suporto mais guardar tantos mortos no coração... não consigo sorrir-te, e queria sorrir-te, porque viverias para sempre a sorrir na minha mente, mas não consigo sorrir-te memória de uma vida longa a encurtar-se a contra relógio. não consigo falar-te, sem medo que te canses, de que te cales para sempre comigo... não consigo ser a filha a neta a prima a desconhecida, que sonham em mim, - não consigo... e também já não quero... sim não quero curtar-me mais e mais a tentar remendar os cacos dos vossos sonhos cristalizados, já não consigo curar mais feridas nas mãos... não consigo... amar-te como queres não consigo... esquecer-te como era suposto... não consigo cumprir os vossos sonhos... não consigo crescer sem me curtar nos vossos sonhos...
não sei usar as palavras que tanto queres ouvir, não sei pintar-me de princesa, não me consigo vestir de rainha, não me equilibro nos teus saltos de fantasia... o verbo que me querias ensinar a conjugar... nem tu o sabes na precisão, as cores em que me querias... há muito que as perdi na minha paleta suja e quebrada, os vestidos de princesa que me davas nunca encaixaram nestes braços, neste tronco, nestas pernas... nunca nunca encaixaram... os saltos que tanto querias há muito os parti tentando equilibrar-me, sobreviver no teu sonho... mas há muito que já tu também esquecias as palvras o seu som, o seu significado que de muito passou a nada de nada, as cores que tanto mostraste eclipsaram-se em mim e de mim para ti... esbateram-se no branco... o meu sempre branco preto, os vestidos de fantasia quando tu já não mais dormias quando eu teimava em sonhar, os saltos de rainha burlesca onde tu meu rei, abdicaste do teu trono e eu no meu equilibrio infantil... caí em mim... neste abismo de mim, onde jazem os sons de palavras tão bonitas, onde se esconde um arco-íris de todas as matizes, onde trapos são seda e seda são trapos, onde saltos são os pés descalços... caí... em mim... por ti... dicionário, paleta, roupeiro, rei... caí sem voz sem pincéis a nu descalça para sempre eu eu eu como ontem como antes de ontem como antes do antes... eu eu agora com a memória de ti, eu....
tenho saudades de um tempo, que já não sei se foi tempo ou memória desenhada em tons doces de aguarela... rostos sem nomes, sem certidões de exacidão rostos felizes na sua incerteza, lugares de todos os dias por onde agora passo, e não mais são os lugares daqueles dias tenho saudades de um tempo em que eu sorria sozinha ou não eu sorria um tempo, tão longínquo, que já não sei se um tempo foi ou uma memória de uma aguarela desenhada e trabalhada com rostos cheios de cores, sem nomes rostos felizes na sua certeza de serem felizes, esses lugares mágicos sem magia de todos esses dias, que jamais serão este dia atrás de dia tenho saudades de um tempo, de uma vida daqueles pequenos momentos, eterno
... não consigo chorar à tua frente... e talvez em frente de ninguém, eu choro... não quero que me vejas, que me vejam em carne viva a cada lágrima... não quero que me protejam, não quero que me amem... quero-me assim, de mim para mim... porque aprendi que todos os anjos morrem, e os meus pequenos e doces anjos foram-me deixando pelo caminho, por isso deixei de ter medo se perco ou não este caminho, porque talvez nesse perder eu os reencontre de novo, talvez os deixe de guardar tão escondidos em mim e os volte a ter comigo... ... não te consigo sorrir verdadeiramente, nem a ti nem a ninguém... não sei porquê, mas não consigo, acho que os caminhos por vezes são longos demais para os nossos corpos (que há muito deixaram os treinos para a maratona)...
Pensava que sobreviver fosse mais fácil, fosse apenas resignar-me a cada dia... mas não...Resignar-me ao que quer que seja é aniquilar-me silenciosa e tortuosamente, lentamente... visivel e invisivelmente...
Não me lembro de quando desisti da vida para me dedicar à podre sobrevivência... talvez por fraqueza, debilidade, estupidez, preguiça... ou humanidade a mais... não sei... Os sonhos já se tinham quebrado há tanto, não pode ter sido os cristais quebrados que me feriram os pés e as mãos, não pode pois não? Eu sei, a minha tara por ir acumulando acumulando... (não ajuda) mas nunca estoirei como agora, nunca fui tão abaixo,nunca me senti tão estupidamente fraca, sabes? acordar todos os dias pela mera obrigação de acordar, porque não tenho nada de concreto que me cative, porque não tenho sequer rostos familiares, porque metade das palavras que aprendi perdi-as pelo caminho, porque o silêncio me fez gaga e disléxica... não sei se isto será o dito crescer, mas crescer sozinha é dificil e todos abandonam o barco, até tu, tiveste de morrer e de me deixar numa loja de porcelanas por onde passou um elefante desajeitado... e agora como é que cresço se não acho a porcaria de um puzzle onde encaixar... raio dos puzzles andam todos a fugir-me e eu não encaixo em parte alguma... nem no meu quarto, no meu vale dos lençóis... credo o que sou? Dou por mim a registar a minha vida antes e depois da tua morte, porque tu eras o pai que nunca tive e nunca terei, eras o meu irmão versão família funcional, eras o amigo de longe longe mas que setvas sempre sempre e que nunca te passavas quando não te dizia nada do que me derrotava e tu me deixavas chorar... simplesmente chorar sem porquês atrás de porquês... sabes... tenho saudades de poder chorar assim mas também daquele sorriso que só recordo...por isso às vezes saio com o pessoal do "nosso outrora" costume, porque por incrível que pareça finalmente toquei-me, eles gostam mesmo de mim... e eles fazem-me rir tanto que às vezes me parto a chorar (já sabes dá uma abebiazinha à nikitas). Mas o dia ou as horas seguintes chegam e nem sequer me dão tempo para tomar um banho e colocar a máscara... e lá vou eu "a moca em pessoa " segundo consta... porque morrer lentamente deve ser isso, estar com a moca sempre, que assim o golpe final nem sequer deve doer - o que é pura má onda de alguém aí de cima, se houver aí alguém - porque nascer já foi traumático e eu ainda por cima para respirar tive de ser espancada... (incrivel em bébé e uma verdadeira "génia")... e todas as quedas, todas as mazelas, todas as desilusões... e o raio das PERDAS... como tu e tal... me quebram tanto, e eu lá tento qual Fénix, renascer e renascer das cinzas, mas bolas sou humana, tenham dó, não tenho 7 vidas como os gatos... e se crescer é tar sempre a mentalizar-me de que "não me atinges" quando me quebras em mil - NÃO DÁ... eu não tenho assim tanta cola nem tanto jeito para trabalhos manuais para me andar a recolar... O.k, por ti, anjo vou persistir, mas não sei até quando...
BEIJOS ETERNOS, PUMPKIN
uma palavra comum e para ti tão secreta, essa palavra que defendias contra toda a Pátria, guerreiro de palavras, guerreiro de carne... uma palavra comum e para ti tão única essa - liberdade - que segredavas contra toda a Pátria, guerreiro de palavras, guerreiro de carne... essa palavra comum e única... essa revolução de sangue cravado... esse teu ontem que me fez hoje... LIVRE
pedi a todos os deuses para que olhassem por mim, já que tu, partias, com esse teu Deus, pedi a todos os deuses para que me vissem assim pequenina já que a máscara de grande se perdeu, que tu partiste lá para esse teu céu... que não sei encontrar por entre nenhuma constelação. pedi a todos os deuses um pouco de perdão, pelos meus erros findos, presentes, futuros, já que não tenho mais a tua mão desenhando sorrisos no meu rosto... sim pedi a todos, todos , todos os deuses que cada um podia ser esse teu Deus... pedi-lhes para que nunca me deixasses pequena, tão pequena... aqui... sim... pedi-te... a todos, todos, todos, todos os deuses... (olha por mim)
tomorrow you´ll look at me and I´ll be no longer that sweet kid, I´ll be no more a stupid hope of yours. tomorrow my skin will be dark as my thoughts, my blood will be blue as my death, my face will not have a name no more... tomorrow you´ll look at me a last time, your sweet lost sheep tomorrow you´ll look at me and I´ll be no longer that sweet kid I´ll be no more a stupid dream of yours. tomorrow I´ll be naked as my wrong words, I´ll have broken wings as all my steps on your earth, my face will be no longer a known face of yours... tomorrow you´ll look at me a last time your sweet lost sheep... tomorrow you´ll look at me and you´ll cry as you made me... and I´ll kiss your tiers as you never did, cuse I´ll be no longer your hope, I´ll be no longer your dream, I´ll be no longer your greef, I´ll be no longer your daughter, I´ll be no longer your mistake... I´ll be me as I ever was , that Mónica you never wanted to see, I´ll be dead as you made me to, I´ll be a dark angel a broken angel a god´s mistake (as you allways said) ...I´ll be a mistake on heaven´s... on hell´s... I´ll be me... on your last look... you´ll see me... and you´ll cry but don´t forget I´ll kiss your tiers...
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