É estranho saber que já não me voltarei a cruzar contigo nem aqui, nem ali... nunca mais não acredito em céus - desculpa, ... mas mesmo que acreditasse, não me cruzaria contigo anjo... eu desceria aos meus infernos que em mim nunca tive céus... É bizarro saber que a vida em ti ou para ti (em mim) acabou mas não deixaste de existir porque agora sei que só se deixa de existir quando nos esquecemos de existir e eu não me esqueci de ti e não me quero esquecer de ti anjo no mundo, anjo lá nesse teu céu ao lado desse teu Deus que nunca consegui ver - desculpa... É melancólico demais as saudades que desaparecem para ressurgir em catadupa, numa dor que não sinto onde começa e não a sinto a desaparecer, surge e foge sem pedir permissão como tu anjo, já sem casa, já sem essas tuas asas brancas de ferro, já sem esse teu rosto de anjo em homem, já sem esse sorriso de paz na guerra... como tu meu anjo, meu eterno anjo... É bizarro como te quero num cantinho em mim sem ninguém te ver, mas sou eu mesma que te abro em portas e janelas mil em mim para apanhares o sol o vento a chuva para me apanhares na berma do precipício como sempre me apanhaste... É super estranho a vida começar da morte... super super estranho, mesmo, meu anjo...
queria rimar mas perdi todas as palavras quando ouvi as tuas e sem querer acreditar nelas elas prenderam-me nos seus sons. queria agir mas perdi todos os gestos quando te vi simples na tua simplicidade e sem querer também eu quis ser simples para me enquadrar na simplicidade dessa tua palavra amor para me encaixar na simplicidade desses teus gestos de amor para ser simples dentro do teu simples coração... queria saber sorrir para te sorrir queria saber pronunciar correctamente uma declaração de amor mas não conheço bem as palavras distorço os seus sons não sei usar os seus significados.. queria beijar queria beijar-te sem ninguém ver para não haver técnica não haver tempo não haver nada nem ninguém para além de ti para além de mim para além de nós... e talvez assim eu fosse simples para ti fosses tu complexo para mim e assim o amor aconteceria simples na sua simplicidade de haver amor
You say you have a God,but can you really have a God?Where is He?on your shoulders,in your heart... Where? You hated when I said I didn´t have a God,but I´ve never had a God... cuse if God did really exist why would He put me in the world as He had put me, but if He put me no matter what, how could I felt Him like you always said you did?when did you got you had a God by your side... Did Him talk to you or it was always you talking to Him, how did He help you? listening you... only listening you... I don´t know, cuse I´ve never had a God to cry to, to smile at, to believe on... I´ve always had me, only me... to talk to myself, to believe on myself... But today, I really need a God, just to keep secret this pain, so where is your God to save you in me... where is He, what´s His name... where can I found Him...cuse sometimes you still hurting me so much, cuse I do miss... I really do miss your sweet smile when I talked to you about my stupid things but you were always there for me, you were always there for me... only you were always there for me...
Disseste-me que me querias ajudar a sarar a ferida, disse-te que não queria a tua ajuda e sei... não o disseste, mas sei que não gostaste...quis pedir-te desculpa mas não pedi porque sinceramente não sei do que te iria pedir desculpa... Quis que me compreendesses, mas também sei que eu talvez não me tenha expressado bem, talvez eu não me tenha sequer expressado (nem mal nem bem)... por isso espero que leias isto, POR-FAVOR LÊ ISTO... não quero a tua ajuda não quero acreditar que gostas mesmo de mim não me quero magoar (já outra vez), sim, estive em baixo, sim, ainda não sorrio como antes mas talvez não haja antes agora ou depois e se calhar somos momento a momento e por isso nunca iguais... mas não quero a tua ajuda porque não me quero agarrar a ti como não me quero agarrar a ninguém... porque quanto mais nos agarramos a alguém mais esse alguém terá oportunidades de nos magoar desculpa desculpa desculpa desculpa desculpa desculpa e tantas outras vezes que não cabem neste papel desculpa mas não gosto de moletas não quero gostar de moletas nunca tive moletas não quero ter moletas quero cair e aprender a erguer-me sozinha (porque quero acreditar que gostas mesmo de mim, por pouquinho que seja, quero mesmo acreditar que gostas de mim... e por isso não te quero a ajudar-me a levantar porque quando me levantar podes ter muitas mais coisas para fazer do que gostar de mim e quero-te chorar quando isso acontecer mas quero chorar-te de mansinho quero chorar-te saída do buraco de mim para mim mas chorar-te nesse buraco novamente... porque gosto de ti, por pouquinho que seja, gosto de ti) Se não leres isto, não me lês... porque eu não sou propriamente um corpo, o meu rosto também é estranho... o meu nome, é meu e de tantos... eu não sou um livro... mas quero ser a palavra "vida"... seja em que sentido for... e por isso... se não me leres nas linhas e entrelinhas... não vais nunca entender as minhas palavras (já que raramante falo), nunca entenderás os meus gestos (das raras vezes em que ganho força e\ou coragem para agir) se não leres isto, posso ter-te magoado imenso e nunca saberás que automaticamente me magoei a mim... porque verbalmente nunca usarei as palavras que gostarias de ouvir e nunca agirei conforme as tuas apaixonadas expectativas ...porque eu sou um erro... mas gostava imenso que me guardasses pequeno erro, eterno erro na tua memória, na tua vida...
ser Sou um homem racional, de cinquenta anos... um filho, um neto e até pai já fui um dia... tão longínquo como a minha memória... "Sou" primeira pessoa do singular do verbo "ser" no presente do indicativo, apenas isso sou, há muito que deixei de ser o que quer que fosse. O meu corpo pesa toneladas de vida, marcadas nas costas curvadas das enxadas que cavaram o chão que piso... o chão onde quero morrer... fui Há muito tempo atrás, já nem sequer me lembro precisamente quanto... fui um rapaz que cheio de sonhos se entregava pela primeira vez a uma mulher, mulher que viria a ser o meu amor, o meu eterno amor. Casámos com um namoro relativamente curto (para a época), mas longo, longuíssimo... marcado pela fria distância de uma guerra que não nos pertencia, mas que nos arrastava com ela. Sofremos à distância profunda de um mar descoberto e de um céu ainda por descobrir. Eu sentia todos os dias a morte rondando-me a beira da cama, acompanhada pela sádica melodia dos tiros... dos gritos (da gente que na mais vil missão matava ou deixava-se matar)... e ainda hoje dou comigo anos desperto sem cerrar os olhos, sem os conseguir cerrar, sem os querer cerrar... desperto, sempre desperto com receio de não mais os abrir, com receio daqueles sons lá longe e ao mesmo tempo tão cá dentro...dentro, dentro, dentro... tão cá dentro de mim... Mas nessas noites, dias... de morte queria-te mulher, porque já te sentia minha mulher, sim eras de facto já a minha mulher, minha mulher, meu amor... e sabia, sim sabia que ela me sofria pela angústia sofucante de um silêncio, de uma ausência... de um existir numa inexistência voraz que dia-a-dia lhe dava a mão... E a dúvida impunha-se na minha cabeça, bem como no coração apertado...a minha mulher, "porque estamos separados?porquê a guerra?", porquês atrás de porquês, sem resposta sonora... apenas a certeza de que ela me esperava, de que ela estava ao meu lado embora nem eu nem ela entendessemos a guerra, a guerra que nos apanhou... mas nós sabiamos que desde os mais remotos tempos por um pedaço de chão, o homem matava a sangue frio, sem perdão, não por imposição da História, não por um papel político, não por uma acção social mas sim pelo ponto obscuro de querer sempre mais... Depois de um tempo perdido no próprio tempo, de tantas ânsias e terrores... o meu corpo dorido, MAS VIVO, regressava a casa... Finalmente um regresso a casa, quando já nem do caminho me recordava... chegar "à minha pátria" e não reconhecer nada ("será que me terei enganado? será que se enganaram? não é o regresso é um deslocamento no terreno de guerra")... mas sim um regresso a um tempo, ao meu tempo, ao nosso tempo de amor... a tua voz, amor, de entre tantas tantas tantas vozes... a tua voz... e num abraço sem palavras comemorámos o regresso da morte e da vida, comemorámos o regresso da vitória derrotada, comemorámos o fim. Abracei-te com todas as forças que me restavam, abracei-te na dor do corpo e alma, para ter a certeza de que te tinha mesmo nos meus braços... aquela dor outrora amarga agora doce porque eras tu nas minhas feridas, senti o teu calor, olhei o teu rosto que me olhava tão profundamente como se só me olhando me recuperasse da morte, e nasceram-nos as lágrimas, rebentaram em explosões...e assim nas lágrimas tivemo-nos por todas as vidas que aquele tempo nos roubou... e por todas as incógnitas que nos esperavam... re-definições Nos primeiros dias tudo estranho, menos o teu corpo, esse que me acolheu no seu ventre e me adormeceu para que os gritos de morte não me roubassem outra vez... Nas ruas, sem corpos prostrados no chão, sem ordens para matar,habituando-me aos odores de outros tempos, a vozes de vida, os meus passos de estranho numa terra outrora minha e agora estranha... o meu berço quebrado. Sentia-me estranho mas bem, infinitamente bem, com a doce mão do amor mostrando-me um e outro edíficio de que nada restava na minha memória mas que neste "meu" país marcava o ponto de partida daquele tempo sem tempo... E assim fui caminhando solitário nas feridas que ninguém via, recomeçando-me como um puzzle a que alguém impôs um recomeço abrupto e com peças totalmente alteradas...aprendi a trabalhar de vida para a vida, apagando a memória ensanguentada que se marcava na pele. Mas a graça fez-me pai, só o meu amor me poderia dar uma felicidade que ultrapassava todo o passado presente e futuro... O teu ventre tão pequenino, quase ilusório... engrandeceu de vida,abriu-se em flor, sob a mais ténue camisa surgia aquele teu, nosso... monte de vida, repleto de uma Primavera (quase infantil) que nos rasgava um sorriso capaz de abarcar o Universo. Em gemidos de dor vi o teu corpo a dar vida ao nosso amor. Um corpito pequeno, ensanguentado, que rapidamente abriu os pulmões à vida e chorou... chorou... Beijei o teu suor e mostrei-te a nossa cria... Os dias nunca esperam por nós, e na rapidez da vida... o momento mágico do nosso amor cresceu palmo a palmo, criança homem nos nossos braços. Depois do trabalho chegava a casa, recebias-me com um simples beijo e vias-me despir o adulto quando despia o casaco... e deixavas-te sonhar acordada com as tuas pequenas crianças desarrumando os berlindes, os carrinhos e sorrindo como se a vida fosse acabar em breves segundos e tudo o que queria levar comigo era o teu rosto sereno e o nosso pequeno amor a sorrir-nos, esvoaçando nos nossos braços... Ano após ano, o nosso pequeno a querer respostas...e tu, tantas vezes coravas como se o rapaz quissesse descobrir todos os nossos segredos e desvendar todos os mistérios do mundo... O nosso pequeno deixou de ser pequeno, deixou de caber nos nossos sonhos... e começou ele a ter os seus sonhos, a construir a sua vida... e nós pequenos cada vez mais pequenos na pequenez da vida, os nossos corpos curvavam-se de um peso que não era nosso, o nosso rosto envelheceu séculos em anos, os nossos cabelos perderam a cor ou melhor ganharam pouco a pouco a cor do céu... e o nosso pequeno, esse pequeno tão grande aos nossos olhos e aos nossos corações. Ele partiu! Universidade, foi para uma cidade que tanto perto, tanto longe... era sempre longe de nós... Mas ele sempre foi um bom menino, viamo-nos pouco vezes mas quando nos viamos ele continuava o nosso pequeno, e nós jovens...
Mãe, brinquei com a vida nestas mãos de criança ...deixei-a cair, - não se partiu!... No teu corpo Mãe, chorei e a vida abraçou-se a mim... Mãe no meu berço a vida viu-me nua e não tive vergonha de mim... (...não me cobri...)
Tens o ventre engrandecido
o branco e o encarnado no laranja das peles, dos lábios, das mãos que se descobriam encaixadas uma na outra para sempre. Os corpos na vida… a vida nos corpos a nu, na vertigem do corpo branco virgem sobre o peito encarnado de vida… a vida no laranja de cada beijo. A vida a brotar do peito branco encarnado… num tom alaranjado, de um coração entregue à palma da tua mão… Os nossos corpos na vida num fio laranja, do branco no encarnado de corações abertos em flor… A vida… a nossa manta estendida, onde nos vivemos sem medos...
Sem título
mas enganei-me entre traçados, entre tuas coordenadas sem fim… adormeci cansada de tanto caminhar sem um passo dar… e de manhã ao acordar, entre escalas e nomes que desconhecia, ergui-me - já tinhas ido, deixando para trás parte do teu mapa … em que adormeci… Então caminhei sem fim em busca de uma pista para te encontrar… mas rasgaste o teu mapa (de vontade), deixaste-me adormecer para ires… só… Criaste uma nova cartografia, sem coordenadas ou eixos onde te encontrar, apagaste cada nome, letra ou hemisfério familiar… e foste… só… sem uma palavra de despedida, foste para um mundo tão longe do meu… que nem em traçados de constelação surge uma só letra … tua...
Nunca nada te caiu das mãos
dar um beijo nos lábios de alguém que já beijou tanta gente… dar a mão a uma mão que não sente todo este fervor… dar o corpo a outro corpo ritmado… O amor dói… receber palavras e gestos únicos, receber o agora sem certezas do amanhã… receber a vida de alguém nas nossas mãos tão pequenas… … e tentar guardá-lo num coração tão aberto… O amor dói… ao ganhá-lo e ao perdê-lo… que o amor é um rebuliço indistinto, que nos faz e desfaz num sopro de vida e morte…. O amor dói… que mexe cá dentro… onde não queremos tocar… …o amor, meu amor… dói…
Bailarina
amando cada passo sem igual… dançavas numa alegria sob uma música desconhecida… Vi-te dançar pela vida, beijando cada passo ritmado de frente para trás sem medo de te enganares… Vi-te… na tua dança… dares-te à vida por inteiro… corpo vivo em chama, trauteando a alegria a cada passo ritmado de frente para trás… … na tua música… que ninguém conhecia… Vi-te livre, simplesmente livre, só por um pequeno instante, quando giravas pela vida balançando de passo em passo, de frente para trás… em liberdade…
Sem título
Ton corps doux sur la chambre de la vie… Ton cœur ouvert chantant l´amour sur toutes les chansons… Ton corps rouge sur la chambre d´une vie blanche… Ton cœur ouvert rouge sur les chansons blanches… Ton rouge sur mes lèvres plutôt blanches… Ton cœur ouvert rouge sur mon cœur plutôt fermé… blanche… … ton rouge sur mon blanche… aujourd´hui rouge Num sopro de vida Num sopro de vida a noite virou dia, a Lua adormeceu no peito do Sol e o amor fez-se em tom de segredo. Num sopro de magia as estrelas gravaram no céu um poema sem rima, que logo o Sol entendeu - o beijo da Lua… e o amor foi crescendo, em tom de segredo. Num sopro de vida a Lua adormeceu no peito do Sol e o amor fez-se em tom de segredo. Num sopro de magia as nuvens guardaram-se no céu como peito ardente de paixão, que logo a Lua nelas se envolveu - no sabor quente do Sol… e o amor foi crescendo em tom de segredo… Num sopro de vida, o amor fez-se em grãos de pó… foi crescendo, foi crescendo… envolto no doce sabor de magia… foi crescendo, foi crescendo… … sempre crescendo… Princesa Rainha No teu corpo encerras toda a magia da vida, a tua pele brilha, o teu sabor fica intocável nesta boca faminta, o teu odor amarrado ao meu peito… e vejo-te… princesa rainha… O teu corpo dança no ar, flutua sobre o chão… dás-me a mão em segredo, levas o meu coração para lá de todos os pensamentos… e desejo-te… princesa rainha… No teu corpo despertas-me para o dia… a tua pele aquece-me do frio, o teu sabor mata-me a fome, o teu odor guarda todos os sentimentos… e quero-te… doce princesa rainha… O teu corpo dança no ar, flutua sobre o chão… em segredo dás-me o coração, levas-me ao teu refúgio… e beijo-te… minha doce princesa rainha… l´amour J´ai écrit des mots d´amour un peu partout, sur la pont, sur les parois… mais jamais ne personne les a lu… J´ai crié l´amour au-dessus d´un mont « AMOUR… AMOUR… AMOUR… « ma voix déployée sur le sole, tous ont couvert leurs oreilles et jamais ne personne m´ont écouté… Et je mors… dans l´amour que personne ne veulent pas comprendre… É inútil É inútil construir-te a realidade te destruirá, é inútil desenhar-te o dia seguinte te apagará e só ficarás como lembrança nesta vã memória. É inútil escrever-te a tinta desaparecerá, inútil iluminar-te o sol te ofuscará e ficarás escondido nesta mente insana… … sonho de pura ilusão de glória, que desaparece sem deixar esperança… Pecadora Pecadora porque sofres e fazes-me sofrer, porque choras e fazes-me chorar, porque perdoas e fazes-me perdoar… quem te pôs nesta vida? Pecadora porque matas e fazes-me matar, porque sonhas e fazes-me sonhar, porque te arrependes e não me fazes arrepender deste sentimento… quem te quis assim? Pecadora que choras, sofres… e ninguém percebe que és igual a qualquer um… quem é o cruel que não te consegue amar, como eu te amo? Sem título Morreste numa noite silenciosa em que todos te ouviram cantar até ao amanhecer. Morreste dormindo pelo silêncio, enquanto todos se amavam pelas sílabas da tua voz noite adentro. Morreste num fado silenciado mas não morreste aos ouvidos de ninguém… passaste a uma nova pauta da tua música infinita… Antíteses Por uma só paz, mil guerras, mil vidas perdidas, mil sonhos em vão, mil feridas no coração. Pela paz - GUERRA… Pela vida - MORTE… Pela (pomba branca da) esperança - O DESESPERO INFINITO… Soldier De arma em punho, de passos vagarosos, revisto cada canto escuro, cada pegada lenta… espreito, respiro… toda a pequena poeira que paira… Persigo-te de arma em punho à tua caça, persigo o pesadelo que és para alguém que não eu… mas luto… perco a vida a cada som de tiro… mas continuo pela pátria que dorme contigo, pesadelo! Sem titulo É este choro por te ver cair por terra - cárcere dos povos! corpo inocente, desconhecido (…) morto! É não suster o grito do teu sangue sobre a terra que teus olhos pisam, que tuas mãos abraçam, que tua alma acolhe… É ver-te sobre esse chão… sobre esse caixão da Humanidade… é ver-te sobre o teu sangue, sobre toda uma vida… que de um momento para o outro acaba… É este choro mudo, de ninguém que te vê… cair sobre esse alguém que antes de ti, já havia caído… - cárcere dos povos! corpo inocente, desconhecido (…) morto! É não suster o grito do espectro que te rodeia levando teu último vestígio para essa terra por que lutaste É ver-te… sumir… neste choro mudo de ninguém neste grito reprimido de alguém é… é ver-te perto de toda a Humanidade! Escrevo o teu nome Acima da vida, acima da morte, escrevo o teu nome. Para além do inferno, para além do paraíso, escrevo o teu nome. Sobre sonhos caídos, sobre mundos perdidos, escrevo o teu nome. Dentro de um túnel infinito, dentro de um mar sem fim… imagino-te… pois nasci para te conhecer! Vim a um mundo desconhecido, vim a um futuro sofrido, vim para te baptizar… Quero que tenhas um sentido, quero que tenhas significado… … e por isso te chamo "liberte"! Carta Se no teu correio receberes uma carta em branco -é minha, fiquei sem tinta, sem lápis... perdi todas as palavras de algibeira, ... achei sentimentos (difíceis de se ver) Se no teu correio receberes uma carta em branco - é minha, fiquei sem notícias para te dar, achei apenas doces memórias (de chorar... a rir) Se no teu correio receberes uma carta em branco escreve com as tuas mãos as minhas palavras, descobre os sentimentos que escondi no branco, chora sorrindo às memórias ... passadas, presentes... futuras... (... em branco...) Se no teu correio receberes uma carta em branco - é minha... pinta-a com as tuas mãos! Rainha Fui rainha perdida no tabuleiro da vida, caminhei passo a passo para a frente, retrocedendo, vagueando na diagonal… caminhei, tropeçando nos outros com seus nomes - bispos, cavalos, torres… mas todos iguais - peões, que no mesmo tabuleiro se perdiam como eu. Fui rainha tomada por alguém dito rival de um jogo sem regras, sem jogadores… jogo de ilusões de peças com vida que tropeçam nas várias perspectivas de rumos cruzados, paralelos… … sós… Rainha de um jogo de perdedores, de ilusões distantes, vagas, perdidas… Rainha abandonada retomada esquecida… rainha magoada dos tropeços ilusórios… Sem titulo Somos mentiras feitas verdades, de ilusões tornadas realidades. Somos lágrimas que alguém derramou ao ver o tempo que passou… Somos suspiros soltos no vento, de sonhos há tanto esquecidos e agora relembrados… Somos sofreres de vidas passadas, que tornaram as chegadas em partidas. Somos os cabelos brancos desses cabelos outrora castanhos… Somos as rugas deste rosto que um dia foi amado por esse alguém que lhe deu a magia de sonhar… "TU" Passei toda a vida na esperança de crer em Ti, procurei-Te no sítio errado, procurei-Te dentro de mim… procurei-Te neste deserto onde só corria o sangue do meu coração… procurei e não Te achei, … porque Te procurei em mim… e só agora vejo que existes, basta fechar os olhos e sentir-Te… Por um Deus Por um Deus de entre todos os deuses, finitos infinitos, um corpo bomba, uma alma fé em chama… Por um Deus de entre todos os deuses, finitos infinitos… a vida não passa de uma promessa de morte em nome dos evangelhos… Por um Deus de entre todos os deuses, finitos infinitos… olha-te Homem… vê-te para olhares… para veres todos os outros nas suas peles, com as suas vestes… … na sua fé… olha-te e vê-te neles… na pele, nas vestes que te cobrem, na fé que tens no peito… … reconhece-os, como te reconheces (defronte ao espelho) aceita-os… e só assim te aceitarás a ti! A princesa que me habitava morreu A princesa que me habitava - morreu, todo eu vazio, todo eu nada… A princesa que me aninhava nas suas histórias - morreu, velhinha feliz … todo eu se escureceu, todo eu se aquietou… A princesa que me habitava - morreu … todo eu se escureceu na luz do dia, todo eu se aquietou no turbilhão da vida, todo eu vazio… todo eu nada… Afugentar É por detrás desse véu negro que te cobre, em que te escondes e em que te separas de mim… deixando-me a lembrança desse olhar brando, em que se esconde a revolta dessas lágrimas que não caem, desse grito que não ressoa, desse silêncio que mata! É por detrás desse corpo desnudado (…) que te imagino, que te desejo e te repelo… E é nessa pele consumida, em que se esconde a penumbra desse sangue que já não corre, desses ossos corroídos, dessas veias dilaceradas… É por detrás dessa terra que te esconde, em que te construo para que outrem te destrua neste campo de batalha, da vida e morte… É nessa terra batida denegrida com a minha sombra, que de ti fujo e para ti corro… nesta angústia desmedida. É por detrás destas palavras insanas que te apresento a minha ruína… e é assim que neste turbilhão de paradoxos em que te vejo morto… esta insana persegue o vento, na louca esperança de ainda te abraçar e assim poder repousar nas tuas asas negras de anjo… Sem titulo Desejei apagar-te como a um traço desajeitado num jogo de constantes geométricas… mas deixei-te no papel desfigurando todos os planos milimétricos. Para todos um traço errado, para mim um traço de vida incógnito incerto… com que choquei caí e chorei… pela tua marca neste papel. Quis ferozmente apagar-te, arrancar-te do meu mundo… mas persistes, mesmo invisível… persistes… cortando todos os planos, descompondo todas as linhas, todos os centímetros medidos em cuidado… … desfiguras toda a minha geometria. Quis-te guardar como mero ponto errado, mas és forte, és denso… és meu demais… e guardo-te… indistintamente definido, pela virilidade da fraqueza, da certeza errada de te ter tanto em mim, até doer tanto ter-te… até doer tanto querer apagar-te e não conseguir… até doer tanto a tua tatuagem nesta pele… … até doer tanto, tanto… esta ferida aberta no papel… Sem titulo A long time ago I was a sleeping princess, queen above all my kingdom of loneliness. But then you came up and built huge towers about love … I saw thwm I touched them I listened them –those silent words… anda I believed them but I woke up of my sleeping dream fell down on my believes because of you… cuse you didn´t see me on my passionate princess dress… … and my kingdom broke up for you… my love´s dream… Sem titulo No tempo da inocência quis crer em ti pai… mesmo sem te conhecer o rosto, mesmo sem nunca te ouvir uma palavra, mesmo sem nunca te sentir a tua mão… No tempo da inocência queria ter pai, como todos tinham… e não tive… mas não chorei… rotulei-te de "trabalhador" para te desculpar da tua permanente ausência… No tempo da realidade - aceito… não tive pai… mas o tempo fez-me ver o teu rosto enfurecido, o silêncio fez-me perpetuar as tuas palavras de rancor, o meu corpo fez-me sentir a tua mão pesada (mesmo sem me tocar)… No tempo da realidade afirmo… de ti nada quero SUPOSTO pai… p.s- aos meus pais "emprestados" prof. Eduardo Vaz e prof. António Medeiros (que felizmente me ensinaram o verdadeiro valor da palavra PAI) Ein Leid es ist nur diese Herz Leid ...von dir... Esta só madrugada É madrugada e nada somente eu só num quarto só numa casa só numa vida só É madrugada e nada senão eu a sós comigo (mesma) num quarto só (que é meu) numa casa só (que é minha) numa vida só que é minha… é tua… é de toda a gente (que amo) e ao mesmo tempo não é de ninguém… … e assim é esta madrugada… ….esta só madrugada… Sem titulo Na dor física e moral não há amor, não há relações, não há afecto, não há sorriso… não há vida (possível). Na dor intemporal não há causa efeito, não há inicio fim… porque só há esta dor agora Es ist nicht ein psysisch Leid, es ist nicht ein seelisch oder ein metaphysisch Leid,
em mim…
Vi-te dançar pela vida,
SEM O QUERERES VER, ACEITEI QUERER GOSTAR DE TI COMO ME PEDISTE COM TODAS AS LETRAS...SEM QUERERES VER APRENDI A GOSTAR DE TI, MAIS DO QUE DEVIA PORQUE À PRIMEIRA OPORTUNIDADE DESISTISTE DE MIM... TALVEZ NÃO SAIBAS VIVER MOMENTO A MOMENTO SEM DESESPERAR MAS EU NÃO VIVO A CORRER CADA SEGUNDO... NEM POR TI NEM POR NINGUÉM...
SEM QUERERES VER ACEITEI SER O TEU SACO DE AREIA, PARA OS TEUS DIAS BONS, DIAS ASSIM-.ASSIM E PARA OS DIAS MAUS... MAS FOSTE TU QUE DESISTISTE DE MIM "AMOR"...PERSISTI, COMO SEMPRE PERSISTO QUANDO GOSTO DE ALGUÉM, JÁ SEM FANTASIAS DE AMOR, MAS COM ESPERANÇAS DE UMA AMIZADE QUE TU ME PROMETESTE (CASO MAIS NÃO DESSE)... MAS DEIXASTE DE TER DIAS BONS, DIAS ASSIM-ASSIM, PARA MIM SÓ TINHAS DIAS MAUS DIAS PÉSSIMOS MAS EU CONTINUEI A QUERER SER O TEU SACO DE AREIA PORQUE TINHA SAUDADES DO TEU SORRISO, DESSE SORRISO QUE ME FEZ PÔR TUDO PARA TRÁS E APAIXONAR-ME POR TI COMO NUNCA PENSEI SER CAPAZ...
MAS HOJE, ESTOU FARTA, JÁ NÃO QUERO A TUA MÍNIMA ATENÇÃO, JÁ NEM SEQUER ACREDITO QUE POSSAS EFECTIVAMENTE SER AMIGO DE ALGUÉM... ESTOU FARTA....
ADEUS
DESCULPAS LEVA-AS O VENTO...
NÃO TE PEDI NADA TU É QUE ME QUISSESTE DAR, MAS AGORA, SINCERAMENTE NÃO ENTENDO O QUE ME QUISSESTE DAR... PORQUE HÁ ILUSÕES QUE NÃO SE DEVEM DAR A NINGUÉM (PORQUE QUANDO AS DAMOS JÁ TEMOS A INTENÇÃO DE AS RETIRAR... E HÁ FERIDAS QUE NÃO SE DEVERIAM FAZER INVOLUNTÁRIA QUANTO MAIS VOLUNTARIAMENTE)
USASTE PALAVRAS QUE EU TE DISSE NÃO ACREDITAR, NEM SEQUER CONHECER... MAS CONHECIA-AS... E TU SABIAS USÁ-LAS COM UMA SIMPLICIDADE QUE PARECIA VERDADEIRAMENTE SINCERA...
MAS OS OLHOS VÊEM COISAS DEMAIS, E O CORAÇÃO SENTE DEMAIS... E ATÉ O CÉREBRO REBENTA DE RAIVA....
NÃO TE ODEIO, COMO NÃO QUERO ODIAR NINGUÉM... A RAIVA FOI DO MOMENTO...
MAS ESTOU MAGOADA E TRISTE E SIM CHATEADA, RECLAMAVAS CONFIANÇA E A POUCA QUE TE DEI, DEITASTE-A FORA NA PRIMEIRA OPORTUNIDADE...
ADEUS
COLEGAS SIM
AMIGOS TALVEZ SIM
MAIS QUE ISSO... ACHO QUE NÃO
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
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