Não sei o que sou, mas também há já muito tempo que não quero saber... basta-me saber que aprendi a ser dia após dia mil e uma coisas (para no fim, realmente não ser nada) e poder dormir tranquilamente sobre a certeza de um nome, de uma morada, de uma suposta idade e tantos tantos tantos outros pormenores insignificantes que usamos para cobrir a nossa pele vazia...
porque não sabemos o que somos... porque ninguém realmente nos pode quantificar, somos seres mutáveis e actores por sobrevivência...
Concretamente também não posso dizer o que pareço, porque obviamente aqueles que cativei por algum motivo, me têm em conta por um carinho e por mil versões heróicas do "ser" (que claramente não possuo, basta verem o meio pigmeu e mal humor em pessoa que sou), claro que quem de facto não cativo me mostra várias perspectivas ,que de facto reconheço em mim...
mas no entanto nunca ninguém raspa... a ferida aberta de todos os dias me olhar ao espelho e ver-me Mónica de mil máscaras... uma atrás da outra em estrondosa derrocada...
Ser ou parecer...?!
Por mais estúpido que seja, prefiro ser... mesmo que escassas pessoas gostem...
Eu sou daqueles asnos que ninguém diria à vista desarmada "que asno"...
Sou daqueles que se tentam camuflar, disfarçando a sua inacção e falta de capacidade... camuflando-se de potencialidades dispersas/abstractas e de uma fragilidade irritante...
Mas sou um verdadeiro asno...
Se nunca perdeste nada na vida, é porque na verdade nunca te entregaste à vida.
Porque tudo o que se ganha se pode perder, doce ou amargamente...
há que saber perder, para que a dor se atenue e se transforme apenas em doces recordações de um tempo que foge dos limites temporais e extravaza, e nos reporta para o verdadeiro segredo de nós...
porque não somos mais do que meras estátuas de barro esculpidas dia-a-dia pelas mãos de todos (nada artesãos) que nos vivem lado a lado com o pouco bom de nós... e com todos os defeitos e malícias humanas (e inumanas) que nos formam.
Se nunca perdeste nada na vida, é porque não amas a vida, e limitas-te a seguir o rumo da sua corrente...
quando na verdade a vida quer que te insurjas contra tudo, que lutes contra a corrente, que levantes a mão e não fales mas GRITES... bem alto, para todos os mundos te ouvirem, e sem que digas o teu nome, eles o oiçam numa nitidez divina (mesmo que deuses não existam)...
Se nunca perdeste nada na vida, é porque de facto nunca te achaste na encruzilhada de seres ou do que acham que és... ou do que és realmente e não consegues dizer, não consegues escrever, não consegues desenhar...
não consegues... porque não há espelho algum que te diga na exactidão... o que és...
Mónica Alexandra Fonseca António
IF YOU STILL BELIEVE IN ME
YOU GOT TO STILL BELIEVE ON THOSE OLD STORIES
OF OUR YOUNG DAYS
OF OUR YOUNG LIPS TOUCHING OTHER LIPS,
OF OUR YOUNG HANDS DISCOUVERING A FULL GROWN UP BODY...
IF YOU DO STILL BELIEVE IN ME,
YOU JUST GOT TO STILL BELIEVE IN OUR CHILD FOOL HEARTS...
MÓNICA ALEXANDRA FONSECA ANTÓNIO
QUE NAS ASAS DA VIDA PERDURES AQUELA ETERNA CRIANÇA QUE ANSEIA O SEU PRIMEIRO PASSO (MESMO QUE TRÔPEGO).
SÊ ESSA CRIANÇA, QUE A CADA QUEDA CHORA SEM VERGONHAS, MAS QUE NA DOR SABE RIR DE SI.
QUE SEJAS ESSA ETERNA PEQUENA ETERNA GUERREIRA QUE SE ERGUE SOZINHA... ESSE É O PRIMEIRO PASSO A DAR, ESSE É O PASSO QUE DEVE PAUTAR A MARCHA DA TUA INFINITA CAMINHADA...
ESSE É O PASSO PARA QUE PARTAS E ASSIM CHEGUES VERDADEIRAMENTE A TI... SEM OS CONDICIONALISMOS DO TEMPO PARA SER OU ESTAR, SEM OS CONDICIONALISMOS DE PARECER OU SER... SEM OS SEMPRE CONDICIONALISMOS DE NASCER OU MORRER...
MÓNICA ALEXANDRA FONSECA ANTÓNIO
de um momento para o outro tudo pode mudar:
Mas nada transfigura o dizer sem receios, que te amo e que te quero hoje, amanhã e sempre, mesmo que o teu corpo mude e a dita beleza evidente e sexual desapareça, mesmo que no teu rosto surjam rugas, mesmo que o teu cabelo esbranqueça...
mesmo que o nosso amor amadureça... para a eterna amizade...
amo-te hoje, amanhã e sempre
mónica antónio
"ninguém disse que era fácil... mas não é por ser dificil que é impossivel"
A vida não pára, o mundo não pára e ninguém nos espera, ninguém se prontabiliza a "recarregar-nos" no ventre, ninguém nos resgata como cavaleiros andantes...
temos de ser nós mesmos a despirmos a máscara de (falso impenetrável) guerreiro e mostrarmo-nos a nu...
com os sorrisos que temos para dar, com as lágrimas que temos por libertar... sem medos ou vergonhas do suor do esforço ou das cicatrizes que tatuam a nossa pele invisível...
Temos de como eternos pequenos guerreiros, olhar o longo caminho que se nos avizinha... para percorrer,
com todos os tropeços e quedas inerentes a uma eterna aprendizagem...
para crescer.
Mónica Alexandra Fonseca António
NÃO ME LEMBRO DE TER DEIXADO DE ACREDITAR NO PAI NATAL,
POIS NÃO ME LEMBRO SEQUER DE UM DIA TER ACREDITADO NO PAI NATAL...
NUNCA DEIXEI DE ACREDITAR NO AMOR...
DEIXEI DE ACREDITAR NAS PESSOAS,
SIM,
PORQUE DEIXEI DE ACREDITAR EM MIM...
TODA EU SONHO...
TODA EU NADA...
NÃO DEIXEI DE ACREDITAR EM DEUS....
SIMPLESMENTE NÃO LHE DOU NOME,
NÃO LHE DOU ROSTO,
NÃO QUERO SABER A SUA IDADE,
NÃO ME INTERESSA ONDE RESIDE...
NÃO LHE QUERO OUVIR PALAVRAS...
MAS SIM... ACREDITO NO ACREDITAR...
NA LIBERTAÇÃO PELA INCERTEZA E PELA ETERNA ESPERANÇA
DE UM SORRISO,
DE UM ABRAÇO,
DE UM VENTRE.... ONDE POSSA ADORMECER EM PAZ
DE MIM PARA MIM
DE MIM PARA TI
DE MIM PARA TODOS,
OU APENAS PARA O VAZIO...
DE UMA CRENÇA,
SEM PARÂMETROS,
SEM LEIS,
SEM PECADOS,
SEM CASTIGOS,
SEM SANTOS,
SEM HISTÓRIA,
SEM SEGUIDORES....
ADORMECER EM PAZ... NUM VENTRE MATERNO (SEM MÃE)
mónica alexandra fonseca antónio
A tua vida
feita num traço de giz
no chão
que todos pisam
sem o verem.
A cor da vida
no chão,
nesse chão de todos e de ninguém...
A tua vida,
na simplicidade de um traço a cravão...
no papel...
nesse papel que todos olham,
sem o verem
(realmente)...
A vida
no chão,
no papel,
... meu...
... teu...
... de todos nós...
... de todos eles...
ou de ninguém...
simplesmente de ninguém...
MÓNICA ALEXANDRA FONSECA ANTÓNIO
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
. dias
. GOOD BYE
. GOING ON
. ...
. ...
. ...
. LUAR