Apetece-me contar pequenos pormenores de alguns sítios por onde andei, não é que tenha andado por muitos, porque ainda não corri o mundo (até porque deve ser uma maratona bem dura, mas com tempinho, lá a hei-de tentar).
Mas quero debruçar-me essencialmente sobre locais que no nosso Portugal são lindos e aos quais ligamos tão pouco.
Felizmente nasci nesta cidade ...bem, ainda vivo aqui... mas para ser sincera, até posso ter de vir a morar noutro local, mas quero morrer aqui. Deixemos as mortes e funerais de lado e continuemos.
Esta é uma média cidade (se bem que na maioria das vezes se aproxime muito muito das pequenas cidades, o custo de vida é bem caro e às vezes as condições não são as melhores).
Mas adoro aqui viver, principalmente pela conjunção do ontem, hoje e amanhã (em tradições, em vestígios, em investimentos... na vida do dia-a-dia).
Por cada rua podemos cruzar-nos com marcas ainda bem presentes de passados próximos e longínquos.
Obviamente não vou fazer um roteiro turístico, mas aqui vão alguns sítios cheios de histórias: CONVENTO DE CRISTO;Igreja STª Maria dos Olivais; Igreja de STª Iria;Igreja de S. João; Igreja de S. Francisco;Capela da N. SRª Conceição; Ponte de Peniche, capela N. SRª Piedade, museus e tantos tantos outros.
Sim de facto somos uma cidade cheia de capelas e igrejas.... mas todas elas têm arquitecturas, pinturas e pormenores interessantes e que se podem interligar com os misticismos dos Templários, que tanto tempo estiveram por aqui.
Mas para além da história temos espaços verdes, muito bons e românticos.
O Mouchão, é um jardim numa pequena ilha no rio, mesmo no centro da cidade. Marca pelas suas imponentes árvores seculares.
A Mata Nacional dos 7 Montes, é um espaço grande, numa das 7 colinas do concelho, um espaço com marcas da prferência recolhida pelo monarca D. João III. Espaço que nos transporta para os ambientes bucólicos e românticos do séc. XVIII, mas que também é ótpimo para darmos umas corridinhas e fazermos uns exercícios de manutenção.
Para quem se move mais pelo estômago, aqui também se come bem: feijoada de caracóis,couves à d. Prior, cabrito, caldos e sopas, bons vinhos... e bem uns doces (beija-me depressa, bolo de cama, fatias de tomar etc)muito muito muito bons (daqueles que têm por base ovos e açúcar, sabem?????) . Mas claro temos restaurantes com pratos de sabores mais internacionais: brasileiros, indianos, chineses(não podiam faltar), italianos ,etc...
E claro, também há vida nocturna. Sem grandes discotecas ou bares, sempre arranjamos um cantinho para nos reunirmos e vivermos a noite. A minha preferência vai para o bar LÁ CALHA e o CAFÉ PARAÍSO, mas há quem vá ao Tertúlia, Casa Blanca, Willy´s, Rio Bar...
Mas é óbvio que todos estes locais ficam muito muito mais animados nas semanas académicas, sim o nosso IPT ainda traz muita risada entre universitários e não só "Tomar é nosso, Tomar é nosso e há-de ser, Tomar é nosso até morrer" (se bem que mais de metade dos estudantes em Tomar, não são daqui mas sim de Açores e isso, e quase nenhum conhece mais do que o café Capítulo (onde se reunem) e poucos mais espaços, enfim... vidas...
Talvez por mais de metade das minhas costelas serem de lá.É outro local que amo de paixão!!!!
é uma cidade do interior muito bonita, a sua construção em pedra aliando o passado bem guardado e o presente que não destrói nem quer destruir as raízes culturais de sempre.
Lindíssima de Inverno (pela neve) mas de Verão também não fica nada atrás, com a bela Serra de Estrela como pano de fundo.
Tenho sorte, porque os meus avós continuam a morar aí, embora também tenham uma pequena casa numa aldeia muito tradicional " Miuzela", onde passei férias que tomei como secantes(por sair à rua e só ver vacas e burros e pastores, um canto do mundo em que o anonimato das cidades ainda não chegou, todos se conhecem... era muito cómico, todos sabiam quem eu era e eu não sabia nada de nada deles. Mas aquele pôr do sol sobre uma rocha granítica de 3 m, com a Serra mesmo mesmo em frente... nada paga uma imagem destas), mas que agora dava tudo para regressar a passar aquelas belas temporadas por lá. Metade da aldeia tem ainda as construções em pedra, a outra metade já aderiu ao cimento, mas toda a aldeia preserva o tradicional.
Por todo o lado vemos a natureza intacta, com muitas vaquitas e burritos no pasto, com alguns pastores.Toda a aldeia se situa num monte granítico, de onde se vê um pequeno ribeiro onde se pesca e se pode nadar e pelo caminho até correr atrás das perdizes (é muito giro, as bichanas são pequenas, mas correm que se farta).
Sítio bem caiado de branco, com as cores amarelo e azul bem patentes.
Praças onde o calor aperta e toda a gente (já marcada pela idade, se refugia à sombra dos sobreiros).
A vila é a pique, o que puxa bem pelo nosso coração e estômago, mas todo o esforço é compensado com os traços medievais que a vila preserva (sinagogas, casas do antigo bairro judaico,assinaturas nas portas das casas) e o castelo mesmo no topo do monte,que só de olhar cá para baixo... UI... uma queda que não deve ser nada nada agradável!
Se gostam da comida alentejana, as boas açordas, os enchidos/queijos, pãos e vinhos... deliciem-se!!!!!
Fora da pequena vila, encontramos vestígios da era paleolitica (muito predominante na zona do Alentejo), passeios com bons quilometros....e com paisagens que se perdem da vista.
Local romântico por excelência.
Uma verdadeira cidade jardim, com o seu próprio microclima.
é também uma zona onde encontramos verdadeiros tesouros históricos: o convento dos capuchos (mesmo em plena mata de sintra, incrivel como monges franciscanos aproveitaram as posições naturais de rochas gigantes para aí residirem, em pequenas - minúsculas- celas individuais e onde o frio é bem forte de Verão, imaginem de Inverno e ainda por cima no séc XII...);o palácio da pena, que sobressalta à vista, sobre toda a mata, resplandecendo o romantismo português, numa panóplia de estilos e momentos de vida: o palácio da queluz, também muito perto de Sintra, e também muito bonito; quinta da regaleira, o meu espaço de selecção, de um romantismo imcomparável, remete-nos a um tempo passado e a um futuro em paz... riquíssimo em história da Maçonaria portuguesa com todos os misticismos (vindos dos Templários) de números, de escadas, de acções, de simbolismos. A sério não percam uma visita guiada a este espaço, para quem gosta de viajar no tempo, é um verdadeiro banquete de viagens. E já agora, não se esqueçam de experimentar o poço que tem passagem para um dos jardins (olhem, eu sou claustrofóbica mas fiz o percurso é muito giro... E QUEM É CLAUSTROFÓBICO, como eu, ARRISQUE, O ATAQUE DE PÂNICO NÃO É NADA, O PERCURSO COMPENSA E MUITO!!!!!!
Não podemos falar de Sintra, sem falarmos das queijadinhas e dos pastéis de belém, esqueçam lá as linhas, os corpos são mesmo para serem curvitos...
Para quem gosta de acampar, é um verdadeiro paraíso.
Quilometros e quilometros a percorrer em aventura e numa natureza impar que se conjuga como que miraculosamente com vestígios (raros) das estradas romanas em território português.
Um paraíso de paz, de comunhão com nós mesmos...
Para quem não gosta muito de praias, acreditem esta zona arrebata qualquer céptico como eu.
Uma praia quase deserta e que conserva aquele toque de segredo e de intimidade que as grandes praias turísticas perdem.
Para além da praia há a pequena vila que acolhe muito bem, numa simpatia sem igual.
Claro, não esquecer, o Festival de Verão Sudoeste.
Vila alentejana, com as marcas de uma vida, que a mim me diz muito FLORBELA ESPANCA. Mas para além dos meus sentimentalismos, esta é uma pequena vila com todos os traços queridos do Alentejo.
O seu castelo, também arrebata qualquer coração, que se mais resistente, se derrubará nos paços de D. Manuel (último rei de Portugal) que conserva traços e pormenores tão peculiares que têm por obrigação cativar-nos , como se num segredo.
Uma cidade onde também tenho parentes, ein?! é o que faz ter uma mãe que tem para aí uns 8 ou 9 manos...
Cidade muito bonita, nas margens do enorme Mondego.
Com belos jardins como a Quinta das Lágrimas (com a perpetuação da história de amor entre D. Pedro e D. Inês de Castro, o que a política fez.... credo....), onde agora há um belo hotel e com um restaurante que... ui ui, é comer e chorar por mais!!!!
Pela cidade encontramos umas belas escadinhas (com traços mouriscos como as de Lisboa), que nos permitem pôr o corpito em forma, ou morrermos de cansaço ao final do dia. Por pequenas ruelas encontramos traços renascentistas e românicos , que prendem o olhar. De destacar e Sé velha, lindíssima, com a cidade e rio como pano de fundo (é tramado chegar lá, mas quando se chega, parece que estamos no pique, a arranhar o céu).
Claro, para quem gosta mais das saídas, esta é uma cidade que tem bares e discotecas a 2dar com o pau", e para todos os gostos, desde bares mais pequenitos e aconchegantes às grandes grandes superfícies da noite. Ponto fundamental da desbunda, é a QUEIMA DAS FITAS (sempre lá por Maio). Todos os bares à pinha, todas as ruas cheias de gente, todos os estudantes a brincar mas a satirizar pontos bem sérios e errados... e concertos concertos e concertos.... para mim a melhor queima, pela tradição e originalidade que nasce e renasce de ano para ano. Se gostam de brincar um pouquinho, para deixar a trombeta de elefante sério na gaveta, VÃO LÁ!
A capital do gótico em Portugal, como indica nem vale a pena tar a especificar cada traço histórico com que nos deparamos constantemente nesta cidade.
Mas para além desta taradice a monumentos, esta cidade prende-me muito, pela magnânime vista sobre o Tejo, em Lisboa também é giro sim, mas já tem muita civilização, enquanto que aqui são aquelas planícies e arrozais(lezírias), verdadeiramente sem fim.
Santarém como cidade é muito bonita, mas enquanto districto, acumula uma diversidade e riqueza incontável. Só mesmo perdendo uma bela semanita, para ir correndo ponto lés a lés.
Uma pequena cidade, próxima de Tomar.
Não me diz muito, mas a parte velha, no topo do monte... sim, vale a pena ser mencionado. O castelo com características mouras (as tijoleiras) é muito invulgar e, conjuga-se com toda essa parte da antiga vila, ruelas apertadas, calcetadas, a imponente Igreja e claro a tabernita da tradicional ginginha.
É um sítio muito bonito.
Conjuga pequenas civilizações com uma natureza quase intacta, mas que revela já uma aposta bem necessária nas energias alternativas (eólica, pelo menos).
Na própria serra, pequenas aldeias, com casas em pedra, que nos remetem a um tempo, nunca nosso, mas em que nos inserimos logo à primeira, pela tranquilidade e paz.
Por entre a serra, tenho de fazer uma referência ao castelo. Quanto à construção não tive oportunidade de ver de perto os merlões/cubetos. Mas em termos de construção em si tem uma "inovação"(se assim lhe pudermos chamar), na maioria todos os castelos são construídos nos topos de montes (como forma defensiva), aquele não, é mesmo no fundo do vale. Por curiosidade já pesquisei, há quem diga que era para facilitar o acesso à água (com o pequeno ribeiro), mas há também a lenda, de que o castelo foi assim construído para proteger (na medida em que teriam de subir a serra e de a atravessar) uma princesa cristã dos mouros (que dela queriam abusar). Mas vale bem a pena ir ver, e inventar a nossa própria história...
O centro histórico desta cidade também é encantador, destacando-se com gabosa beleza o castelo.
O que mais gostei de conhecer em Leiria, foi as margens do rio Lís, se bem que muito poluído, a vegetação circundante continua lindíssima, e claro um passeio assim com um pic nic daqueles (experimentem os bolinhos tradicionais, É DE CHORAR POR MAIS).
P.S- se quiserem encontrar roupas, cd´s (etc) porreiros e bem mais baratos que em Tomar, vão a Leiria, até a viagem compensa.
Uma zona que conjuga muito bem a urbanização e natureza.
Aqui encontramos praias bonitas, bem como parte do pinhal de Leiria (aquele de D. Dinis).
É uma zona muito marcada pela presença do Marquês de Pombal, destacando-se a fábrica museu de vidro.
E para variar, tem óptima comida... (desculpem lá mas adoro comer).
Se tivermos o sonho de Veneza, sempre o podemos concretizar de longe indo a Aveiro, e passeando nas margens ou nos pequenos barcos, pelos canais da ria.
Uma cidade muito ligada à actividade piscatória (há lotas de peixe que permitem visitas guiadas, é engraçado apesar do cheiro).
E OVOS MOLES.... ui ui, é ir e ficar por lá
Uma cidade muito pitoresca, bons monumentos (mosteiro de alcobaça e mesmo ali pertinho o mosteiro da batalha, lindo, e se conseguirem visita guiada com o DR. PEDRO REDOL , é garantido que vão querer lá retornar)
E de doces também é muito muito interessante fazer uma paragem por aqui...
AH e claro, é de realçar as actividades culturais que se vão fazendo por aqui e o apoio que dão às novas bandas... muito bom!
Uma pequena cidade espanhola (ali mesmo perinho da fronteira alentejana).
Riquissima em história, a cada canto mil anos de vida conservados em primor.
Podem ir ao Museu Romano (imponente, imenso, lindo), ao anfiteatro, ao templo de Diana, às muralhas e a uma ponte longuíssima que atravessa o Guadiana... a sério arrisquem, e aproveitem o calor nas grandes esplanadas, olé.
DÊEM DICAS DE LOCAIS A VISITAR!!!!!!!!!!!!!
mónica alexandra fonseca antónio
Tudo se altera, nada é imutável. Até nós mudamos, o nosso corpo cresce, as formas mudam... todas as certezas que sempre pisámos como chão certo se podem desvanecer sob os nossos pés (tudo o que sempre acreditámos pode não o ser).
Deixamos de querer ser crianças, queremos aparentar um ar adulto, quando no fundo é a criança que devemos deixar crescer.
E por isso como jovens adultos que somos temos de enfrentar todas as contrariedades, todas as dores, todas as mortes, todas as perdas... como jovens adultos que somos (ou queremos aparentar ser). Camuflamos todas as nossas fragilidades para que o mundo não as veja...
Escondemos a dor que aquele arranhão nos faz sentir,não podemos chorar como outrora sobre o ventre materno, temos de sobreviver a todos os pequenos grandes arranhões que tatuam a nossa pele (invísivel). Encobrimos o nosso corpo (ainda de criança) com uma falsa robustez... de soldado...
NÃO SOMOS, PARECEMOS!
Mónica Alexandra Fonseca António
no refúgio da noite,
deixar-me cair sem medo da dor,
deixar-me chorar sem medo das lágrimas,
deixar-me amar sem medo...
no refúgio da noite,
ser criança
ser mulher
ser apenas um ser...
sem nome,
sem rosto,
sem idade,
sem morada...
um ser, sem ser ninguém.
no refúgio da noite,
ser crente e descrente,
viver e morrer,
ser e não ser...
que no escuro da noite, sou-me...
- sem o medo de ser!
Mónica Alexandra Fonseca António
Por entre os múrmurios dos deuses, a vida foi nascendo num ventre humano.
Através das palavras que os deuses lançavam aos céus, a vida foi-se alimentando, foi-se formando num ser... refugiado num ventre humano.
Até que os deuses gritaram e a vida gritou saíndo do ventre humano, coberto por sangue divino.
Os deuses choraram e banharam o pequeno ser, que nas lágrimas cristalinas se refugiou como num segredo.
Os deuses foram morrendo... e o pequeno corpo crescendo, sem ouvir os múrmurios que os deuses lhe assopravam no vento, acolhendo-se sob os beirais da chuva celestial que teimava em o abarcar nas gotas cristalinas do choro da vida.
Os deuses morreram... os deuses morreram...
ou morreram apenas para a sua cria, homem feito, de razões sem crenças...
Os deuses morreram, e a cria adulta não se apercebeu do seu orfanato.
Mónica Alexandra Fonseca António
Não chores pelo mundo,
chora com o mundo...
não deixes que o seu negro te assuste,
faz desse negro a tua noite
e repousa em paz.
Não chores pelo mundo,
que o mundo não chora por ti...
mas não o renegues,
que ele é o teu berço...
não te assustes com o seu negro
... pois no negro nasces, cresces, morres e renasces!
Mónica Alexandra Fonseca António
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